Nottingham Guardian - Milhares de agentes adicionais serão enviados às regiões devastadas por enchentes na Espanha

Milhares de agentes adicionais serão enviados às regiões devastadas por enchentes na Espanha
Milhares de agentes adicionais serão enviados às regiões devastadas por enchentes na Espanha / foto: JOSE JORDAN - AFP

Milhares de agentes adicionais serão enviados às regiões devastadas por enchentes na Espanha

O governo anunciou neste sábado(2) que vai enviar mais 10 mil soldados e policiais para procurar pessoas desaparecidas e distribuir ajuda nas áreas devastadas pelas inundações na Espanha, que deixaram pelo menos 211 mortos.

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"Hoje chegarão à província de Valência 4.000 soldados adicionais de unidades militares e (...) amanhã de manhã chegarão os restantes 1.000 militares", que se juntarão aos 2.500 soldados já na zona, anunciou o presidente do Governo, Pedro Sánchez.

Também serão também destacados 5.000 policiais e guardas civis, duplicando os agentes já presentes, para garantir a segurança e evitar os saques, que resultaram em 82 detenções, disse Sánchez no Palácio da Moncloa, após presidir uma reunião do comitê de gestão de crise.

O líder socialista, que descreveu este acontecimento como a "maior catástrofe natural da história recente" da Espanha e "a segunda enchente com mais vítimas na Europa deste século", atualizou o balanço de mortos para 211, a maioria na região de Valência, no leste.

O governo antecipa que o balanço vai aumentar, já que o número de desaparecidos é alto, e ainda há corpos presos em carros amontoados nas estradas e estacionamentos.

As tempestades de terça-feira despejaram em poucas horas uma quantidade de água equivalente à que cai num ano. As inundações destruíram pontes, varreram casas e arrastaram centenas de veículos, que dificultam o deslocamento dos serviços de emergência.

- Sánchez admite "problemas e carências graves" -

Diante da desesperança da população, que continua procurando desparecidos, pedindo água e alimentos, Sánchez admitiu estar "consciente de que a resposta não está sendo suficiente."

"Sei que há problemas e carências graves, que ainda há serviços interrompidos, municípios soterrados", disse Sánchez, que ainda assim enviou uma mensagem de esperança e pediu aos espanhóis que escrevam "mais um capítulo de superação e resistência na história de nossa nação".

Sánchez garantiu que o governo "está pronto" para enviar às autoridades os recursos necessários e que já iniciou "os procedimentos para solicitar ajuda ao Fundo de Solidariedade da União Europeia".

Ele expressou satisfação com o retorno de 94% do fornecimento de energia elétrica nas cidades afetadas e a remoção de mais de 2.000 veículos "e centenas de toneladas de lama e detritos", o que permitiu a reabertura de estradas.

- Ajuda e solidariedade -

Nas cidades de Alfafar e Sedaví, região metropolitana de Valência, os moradores ainda retiravam a lama de suas casas neste sábado, confirmou um jornalista da AFP. Ainda sem a presença do Exército nas regiões, os bombeiros tentavam extrair água de garagens e túneis em busca de vítimas.

As manifestações de solidariedade continuavam este sábado, especialmente em Valência, onde milhares de pessoas tentavam, pelo segundo dia consecutivo, ir a pé para as localidades vizinhas afetadas, levando pás e vassouras.

"Ontem (sexta-feira) levamos toneladas de alimentos e água aos municípios mais afetados (…) É claro que todos os moradores afetados exigem mais ajuda", disse a vice-presidente da região de Valência, Susana Camarero.

"É evidente que pedem mais, mas não faltou ajuda", disse ela.

O governo de Valência decretou restrições à circulação nas zonas afetadas durante o fim de semana, para evitar que atrapalhe o trabalho das equipas de resgate.

Y.Byrne--NG