

Explosão perto de penitenciária deixa um morto e dois feridos no Equador
Um agente penitenciário morreu e duas pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira (13) após um artefato explosivo detonar do lado de fora de uma penitenciária de Guayaquil (sudoeste), um dos principais centros de operações do crime organizado no Equador, informaram autoridades.
O Ministério Público investiga o caso, ocorrido durante a madrugada na maior prisão do país, como suposto "terrorismo", indicou a entidade em sua conta na rede social X.
Os feridos pela explosão são um policial e um transeunte. Seis carros ficaram destruídos - dois deles completamente incendiados -, algumas janelas da prisão foram quebradas e casas próximas também registraram danos, constataram repórteres da AFP.
De acordo com o coronel da polícia Edison Rodríguez, uma caminhonete preta em chamas atraiu a atenção do guarda penitenciário, que se aproximou justamente quando a bomba foi ativada. "Devido à onda de choque", o homem foi atirado para "um imóvel", relatou Rodríguez à imprensa.
Uma das hipóteses da polícia é que se trata de uma retaliação das organizações criminosas "ao anúncio do presidente sobre o emprego da Blackwater", uma empresa de segurança privada, no combate ao narcotráfico, afirmou em uma coletiva de imprensa em Quito o coronel Holguer Cortez, diretor nacional antidrogas.
Noboa disse na terça-feira que trabalha em uma "aliança estratégica" com apoio de Erik Prince, o fundador dessa firma de segurança, envolvida na morte de 17 civis em Bagdá em 2007.
O presidente tem se aproximado de Prince, um americano ex-membro dos Navy SEAL, próximo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que ofereceu ajuda nas deportações em massa de migrantes.
Em setembro de 2024, forças de segurança frustraram um ataque com drones contra a prisão de segurança máxima em Guayaquil, onde mafiosos e políticos acusados de corrupção estão detidos.
O Equador, antes um país pacífico, foi tomado nos últimos anos por organizações de tráfico de drogas, o que disparou a insegurança.
A taxa de homicídios no país aumentou de 6 por 100 mil pessoas em 2018 para 38 em 2024, com um recorde de 47 em 2023.
Com uma população de aproximadamente 18 milhões, o Equador é destino de 73% da produção mundial de cocaína, segundo um relatório do Ministério do Interior compilado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
M.Sullivanv--NG