Netflix: restrições a compartilhamento de senhas chegam ao Brasil e outros países
A Netflix anunciou, nesta terça-feira (23), que usuários de mais de 100 países, incluindo o Brasil, precisarão pagar mais para compartilhar suas senhas na plataforma com pessoas que não moram na mesma casa.
A política, que já vinha sendo aplicada em alguns países há um ano, faz parte de suas estratégias de diversificação de receitas, após um difícil 2022. “A conta Netflix deve ser usada por uma única residência”, disse a empresa em um comunicado.
Os usuários brasileiros que compartilham contas poderão transferir um perfil para uma nova assinatura ou adquirir um acesso extra na mesma conta por R$ 12,90 ao mês, explicou o serviço de streaming.
Segundo a Netflix, no início deste ano, mais de 100 milhões de lares compartilhavam contas, afetando sua “capacidade de investir em novos programas de TV e filmes".
Com a desaceleração de seu crescimento no ano passado, a empresa do Vale do Silício buscou incentivar as pessoas que assistiam gratuitamente com senhas compartilhadas a começar a pagar pelo serviço sem alienar os assinantes.
"Essa iniciativa de dividir contas nos ajuda a ter uma base maior de possíveis membros pagantes e a expandir a Netflix a longo prazo", justificou o co-CEO Ted Sarandos.
O gigante do streaming audiovisual recentemente informou analistas financeiros que havia adiado uma ampla campanha contra o compartilhamento de senhas "para melhorar a experiência" dos usuários.
Disse ter garantido que os assinantes tivessem acesso fácil ao serviço fora de casa ou em múltiplos dispositivos, como tablets, TVs e smartphones.
Em abril, a Netflix relatou um recorde de 232,5 milhões de assinaturas no primeiro trimestre do ano e indicou que sua nova modalidade com anúncios estava indo bem.
W.Prendergast--NG