Nottingham Guardian - Copom eleva Selic em um ponto percentual, para 13,25%

Copom eleva Selic em um ponto percentual, para 13,25%
Copom eleva Selic em um ponto percentual, para 13,25% / foto: PEDRO LADEIRA - AFP/Arquivos

Copom eleva Selic em um ponto percentual, para 13,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou nesta quarta-feira (29) a Selic, a taxa básica de juros da economia, para 13,25%, em sua primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um contexto de pressões inflacionárias.

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Como havia sido previsto em dezembro, o Copom anunciou um aumento de um ponto percentual na Selic, o quarto consecutivo desde que um ciclo de ajustes foi iniciado em setembro.

Um cenário de "elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho" exigem uma política monetária "mais contracionista", disse o órgão em um comunicado.

"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião", em março, acrescentou.

Com 13,25%, a Selic atinge seu nível mais alto desde agosto de 2023 e é uma das taxas básicas de juros mais elevadas do mundo.

O ajuste de um ponto percentual (p.p) coincidiu com as estimativas de mais de cem instituições financeiras e consultorias consultadas pelo jornal econômico Valor.

O Banco Central elevou a taxa Selic em 0,25 p.p. em setembro, 0,50 em novembro e um p.p. em dezembro.

A decisão do Banco Central foi a primeira sob a presidência de Gabriel Galípolo, um economista de 42 anos considerado alinhado ao presidente Lula.

O Copom havia iniciado em agosto de 2023 uma redução progressiva da Selic, após um ano sem mudanças, quando a taxa se manteve em 13,75% em resposta ao aumento de preços após a pandemia de covid-19.

Desde junho de 2024, quando a Selic chegou a 10,50%, ela permaneceu estável até o aumento de setembro.

A elevação das taxas de juros implica em tornar o crédito mais caro, o que desestimula o consumo e o investimento, reduzindo as pressões sobre os preços, mas também diminuindo o dinamismo da economia.

O.Ratchford--NG