México e Equador disputam última vaga do Grupo B nas quartas da Copa América
México e Equador vão entrar juntos no campo do State Farm Stadium no domingo, no coração da quente Glendale, no Arizona, mas apenas um dos dois seguirá vivo na Copa América dos Estados Unidos-2024 após a partida.
Para 'El Tricolor' apenas um empate basta para avançar às quartas de final. Já os mexicanos precisam dos três pontos para se juntarem à classificada Venezuela como representantes do Grupo B na próxima fase.
Equatorianos (segundos) e 'aztecas' (terceiros) têm três pontos cada, mas os sul-americanos estão na frente por terem melhor saldo de gols (+1 contra 0).
O vencedor pode até tomar da 'Vinotinto' (6 pontos e saldo de +2) a liderança e assim evitar nas quartas de final o vencedor do Grupo A, liderado com folga pela já classificada Argentina de Lionel Messi.
As duas partidas de encerramento da chave serão disputadas simultaneamente a partir das 21h00 (horário de Brasília), com Venezuela e a eliminada Jamaica (0) se enfrentando em Austin, no Texas.
- Evitar terremotos -
O jogo em Glendale, no Arizona, que registrou temperaturas acima de 40 graus nos últimos dias, representa muito mais do que a oportunidade de brigar por uma vaga nas semifinais.
Os dois treinadores, o espanhol Félix Sánchez e o mexicano Jaime Lozano, estão na corda bamba, inclusive ainda antes do início do torneio de seleções mais antigo do mundo.
Seus jogadores apoiaram publicamente seus técnicos, mas as pressões são sufocantes, especialmente para Lozano, no comando de um México que precisa atingir um bom nível para a Copa do Mundo de 2026, que organiza junto com os Estados Unidos e o Canadá.
"Agora a vida nos dá a oportunidade de dar um passo à frente e mostrar a seleção que queremos ser. Vamos dar tudo de nós", disse o goleiro Julio González após a dolorosa derrota por 1 a 0 para a Venezuela na quarta-feira, em Inglewood, Califórnia.
Lozano, de 45 anos, teve uma trajetória complicada na Copa América, que 'El Tri' não disputava desde a edição do Centenário-2016, quando o Chile os atropelou (7 a 0) nas quartas de final.
Desde a estreia vitoriosa contra a Jamaica (1-0) perdeu um dos destaques, o capitão e meia Edson Álvarez, e contra a Venezuela, o jogador que ficou com a braçadeira, o zagueiro César Montes, é séria dúvida para o último jogo do Grupo B.
- A volta do artilheiro -
A ausência de Montes, que será provavelmente substituído por Israel Reyes, pode afetar uma defesa que está mais preocupada com o retorno do maior artilheiro da história da seleção equatoriana, Enner Valencia.
O atacante de 34 anos foi expulso aos 22 minutos do primeiro jogo contra a 'Vinotinto' (derrota por 2 a 1) e ficou de fora na vitória por 3 a 1 sobre os 'Reggae Boyz', na quarta-feira, em Las Vegas, Nevada.
Após cumprir a suspensão, o capitão deverá comandar o ataque tricolor ao lado do promissor meia Kendry Páez, jogador mais jovem da competição aos 17 anos e autor do segundo gol contra os jamaicanos.
"Vamos voltar e lutar para fazer um bom jogo", disse ele à DSports, esperando obter a terceira classificação do Equador para as quartas de final no século 21, depois das de 2016 e 2021.
Embora o calor sufocante do Arizona tenha sido muito comentado, o State Farm Stadium, casa do Arizona Cardinals da NFL, tem sistema de ar condicionado e cobertura.
- Prováveis escalações:
México: Julio González - Jorge Sánchez, Israel Reyes, Johan Vásquez, Gerardo Arteaga - Luis Romo - Uriel Antuna, Carlos Rodríguez, Luis Chávez, Julián Quiñones - Santiago Giménez. Técnico: Jaime Lozano.
Equador: Alexander Domínguez - Ángelo Preciado, Félix Torres, Willian Pacho, Piero Hincapié - Alan Franco, Moisés Caicedo - John Yeboah, Kendry Páez, Jeremy Sarmiento - Enner Valencia. Técnico: Félix Sánchez.
Árbitro: Mario Escobar (Guatemala).
W.Prendergast--NG