Nottingham Guardian - Magnicídios recentes e ataques contra candidatos em campanha

Magnicídios recentes e ataques contra candidatos em campanha
Magnicídios recentes e ataques contra candidatos em campanha / foto: Rodrigo BUENDIA - AFP

Magnicídios recentes e ataques contra candidatos em campanha

Um dos candidatos da corrida presidencial no Equador, Fernando Villavicencio, foi morto a tiros na quarta-feira (9) durante um comício em Quito, a poucos dias da eleição, em 20 de agosto.

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O candidato centrista, que tinha no combate à corrupção uma de suas principais agendas, ficou em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e chegou a denunciar ameaças contra ele e sua equipe.

Atingido nos últimos anos pela violência ligada ao narcotráfico, o Equador declarou, nesta quinta-feira (10), estado de emergência para garantir o andamento das eleições.

Confira abaixo casos recentes de líderes políticos assassinados, ou de candidatos alvos de ataques no mundo:

- Japonês Shinzo Abe, 2022 -

Em 8 de julho de 2022, o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe é baleado no meio de um comício eleitoral em Nara, no oeste do país. Ele morre algumas horas depois, atingido por dois tiros no pescoço.

O suspeito do assassinato, detido após o ataque, criticou Abe por seus supostos laços com a seita Moon, também conhecida como Igreja da Unificação.

Abe foi o líder japonês que passou mais anos no poder, cumprindo ao todo mais de oito anos e meio como primeiro-ministro, entre 2006-2007 e entre 2012-2020.

- Haitiano Jovenel Moïse, 2021 -

Em 7 de julho de 2021, o então presidente haitiano, Jovenel Moïse, é morto a tiros no meio da noite em sua residência em Porto Príncipe.

O assassinato é executado por um comando de 28 homens que se fazem passar por agentes da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.

Três dos agressores morrem e 18 ex-soldados colombianos são presos. Uma investigação americana revela, depois, que dois homens, que dirigiam uma empresa de segurança em Miami, planejavam sequestrar o líder.

- México e Colômbia -

No México, o candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI) Luis Donaldo Colosio, aspirante a sucessor de Carlos Salinas de Gortari na eleição presidencial de 1994, foi morto a tiros após um comício de campanha em Tijuana (noroeste). Um homem confessou ser o assassino e disse ter agido por conta própria. Foi condenado a 45 anos de prisão pelo homicídio, objeto de conjecturas e de investigações no México três décadas depois.

Na Colômbia, nas últimas décadas, foram assassinados o comunista Jaime Pardo Leal (1987), o liberal Luis Carlos Galán (1989) e os esquerdistas Bernardo Jaramillo e Carlos Pizarro (1990), todos candidatos à presidência.

- Tentativas -

Em 1º de setembro de 2022, um homem aponta uma arma para a vice-presidente argentina Cristina Kirchner em frente à sua casa em Buenos Aires, sem conseguir efetuar o disparo.

Ele justificou seu gesto "pela situação do país" em uma entrevista por telefone do local onde está preso.

Em novembro do mesmo ano, o ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan foi baleado durante um ataque a tiros contra o veículo em que viajava, em Wazirabad (leste).

E, em 2018, em meio à campanha presidencial, o agora ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen por uma pessoa que, depois, será considerada mentalmente incapaz de ser julgada.

W.P.Walsh--NG