

Putin terá que sentar à mesa e iniciar uma discussão séria, diz premiê britânico
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, convocou 25 líderes internacionais neste sábado (15) para que se unam em uma coalizão disposta a proteger uma eventual trégua entre Ucrânia e Rússia, após afirmar que o presidente Vladimir Putin "não leva a paz a sério".
O chefe de Governo do Reino Unido já afirmou que chegou "o momento de compromissos concretos", enquanto Putin analisa uma proposta dos Estados Unidos para uma trégua de 30 dias no conflito.
"Minha sensação é que, mais cedo ou mais tarde, ele terá que sentar à mesa e se envolver em uma discussão séria", disse Starmer no início da reunião virtual.
Na sexta-feira, ele advertiu que não se pode "permitir que o presidente Putin brinque com o acordo do presidente Trump", segundo Downing Street.
"O total desprezo do Kremlin pela proposta de cessar-fogo do presidente Trump serve apenas para demonstrar que Putin não leva a paz a sério".
No total, 25 líderes de países europeus, da Otan, da Comissão Europeia, do Canadá, da Austrália, da Nova Zelândia e da Ucrânia participam na reunião virtual para buscar uma "coalizão de voluntários" disposta, segundo Downing Street, a "apoiar uma paz justa e duradoura".
"Putin está tentando atrasar as coisas", destacou Starmer, antes de acrescentar que "o mundo precisa ver atos".
O líder trabalhista enfatizou que "se (Putin) não fizer, então devemos fazer todo o possível para aumentar a pressão econômica sobre a Rússia para que acabe com esta guerra".
Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron, lideram os esforços para reunir uma "coalizão de voluntários" desde que Trump abriu negociações diretas com Moscou no mês passado.
Eles dizem que o grupo é necessário - com o apoio dos Estados Unidos - para fornecer à Ucrânia garantias de segurança e dissuadir Putin de violar qualquer cessar-fogo.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse na sexta-feira que discutiu com Macron "aspectos técnicos" sobre como o cessar-fogo poderia ser aplicado.
"Nossas equipes continuam trabalhando em garantias de segurança claras, e estarão prontas em breve", afirmou Zelensky na rede social X.
Starmer e Macron, que conversaram por telefone na véspera da reunião virtual, expressaram a disposição de enviar tropas britânicas e francesas à Ucrânia, mas não está claro se outros países estão dispostos a fazer o mesmo.
G.Lomasney--NG