

EUA 'não permitirá' influência da China no canal do Panamá, diz chefe do Pentágono
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, assegurou, nesta terça-feira (8), no Panamá, que o governo do presidente americano, Donald Trump, "não permitirá" que a China "ponha em risco" a operação do canal interoceânico.
"Hoje, o canal do Panamá enfrenta novas ameaças, os Estados Unidos não permitirão que a China comunista, nem qualquer outro país ponha em risco a operação ou a integridade do canal", disse o chefe do Pentágono em discurso em uma base da polícia situada na entrada da via.
Apesar de os Estados Unidos terem entregado em 1999 ao Panamá o canal que construíram e inauguraram em 1914, Trump ameaçou retomar seu controle, sem descartar o uso da força, sob o argumento de que está sob controle de Pequim.
"Quero ser muito claro. A China não construiu este canal, não opera este canal. E a China não vai armar este canal. Juntos vamos manter o canal seguro, com a liderança do Panamá", expressou Hegseth, que se reuniu com o presidente panamenho, José Raúl Mulino, pela manhã.
Uma empresa de Hong Kong opera portos nos dois extremos do canal, construído entre os oceanos Atlântico e Pacífico, por onde passam 5% de toda a carga marítima global.
O secretário de Defesa americano, que visitará o canal à tarde, assegurou que "empresas chinesas seguem tendo controle sobre a infraestrutura crítica na área do canal".
"Isto dá à China a possibilidade de realizar atividades de vigilância, (...) isto faz com que o Panamá e os Estados Unidos sejam menos seguros", acrescentou, ao assinalar que os dois países vão recuperar "juntos" a via da "influência" de Pequim.
H.Davenport--NG